segunda-feira, 16 de abril de 2007

Imersão, avatar e ciborgue: interligados

Essas três imagens representam tudo que conhecemos sobre os três conceitos acima e assim vemos de cara que eles não tem nenhuma ligação entre si. No entanto, ao longo do texto perceberemos que para o ciberespaço não é bem assim e que cada conceito tem um novo sentido.
A imersão é uma “propriedade que provê ao usuário a sensação de estar dentro de um mundo tridimensional”[ALVES:1999], ou seja, é quando estamos imersos, dentro do ciberespaço. Sabe aquela sensação boa que temos ao ler um e-mail e nos sentimos até abraçados pelo seu remetente, depende da imersão. Se você estiver disperso ou distante do que está lendo, por exemplo, a imersão não acontece. Para que essa imersão seja completa existe a necessidade de interação, então, surge a figura do avatar.
Avatar, segundo o
Dicionário do Cético, em seu sentido original, “é uma fase de variação ou uma versão de uma entidade básica contínua, como a encarnação numa forma humana de um ser divino”. Então, traduzindo este conceito para o ciberespaço, avatar é a representação do usuário dentro da www, onde desta forma ele pode transitar por vários ambientes diferentes com características fiéis às suas reais ou não (sabe aqueles bonequinhos bonitinhos que a gente monta na entrada de e-mails, aahhh, avatar...). Para muitos, avatar e personagem são a mesma coisa, mas o personagem segue um roteiro pré-estabelecido e os avatares vão se criando ou se reinventando de acordo com o desejo de seu dono. Porém nada é 100% alguma coisa, existem momentos em que um personagem pode assumir um avatar através da improvisação de seu intérprete, mas somente aí, pois essa mudança não irá modificar o destino da história do personagem, enquanto o avatar tem poder de interferir em tudo. Pois bem, voltando ao ciberespaço, se somos avatares quando estamos imersos nele, então, nós como usuários, nos tornamos ciborgues.
Ciborgue é um termo que designa seres humanos que têm uma ou mais de suas funções biológicas substituídas, auxiliadas ou controladas por máquinas (apesar da
“fantasiação” do cinema, coisas muito simples como o uso de aparelhos odontológicos classificam pessoas como ciborgues). No ciberespaço nós somos ciborgues, pois somos complementados pelos computadores no momento em que os utilizamos para imergir no mundo web, o mouse nos liga a esse mundo.
Como nem tudo na www é um mar de rosas, tenho que descordar de algumas maravilhas desses conceitos. O avatar traz a possibilidade do anonimato dentro da rede e eu particularmente não tenho nenhum tipo de interesse em conversar com alguém que nem ao menos sei quem é, aliás, este é um grande problema até mesmo jurídico, porque, como você pode responsabilizar alguém legalmente por danos se ela nem ao menos é na rede realmente quem ela é fora dela? Também não vejo a rede como minha extensão. Gosto muito mais do mundo fora do computador.
Então, concluindo a análise dos termos, quando estamos em contato com o computador somos ciborgues, que criam avatares para interagir e imergir no ciberespaço. Assim podemos participar da web que cresce cada vez mais em participação interativa como veremos no próximo post.
Estes termos são ou não são interligados?
Referências:
Universia Brasil. Acesso em: 11, abr. 2007. Disponível em: <http://www.universia.com.br/html/materia/materia_bhaa.html>.
Imagens: Mergulhador :
Desenho "Avatar":
Cartaz do Exterminator do Futuro 3:

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